Vendaval
- brunodiehlbarbosaa
- 6 de nov.
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Era uma saí-azul,
tingida de verde-escuro,
como um sopro breve
de aurora a pintar o mar.
Chamavam-na Vendaval,
não pelo caos,
mas pela beleza
que desarrumava o silêncio.
Quando cruzava os céus,
parecia entoar o mais doce som.
E eu, modesto espectador,
ficava suspenso no instante,
longe de qualquer dor,
como se o tempo prendesse o fôlego
só para vê-la cruzar meu entorno.
Seu canto me atravessava
como um raio de luz na manhã fria;
e minha alma, tão pequena,
seguia imensa depois de ouvi-la.







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