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Vendaval

Era uma saí-azul, 

tingida de verde-escuro,

como um sopro breve 

de aurora a pintar o mar.


Chamavam-na Vendaval,

não pelo caos,

mas pela beleza 

que desarrumava o silêncio.


Quando cruzava os céus, 

parecia entoar o mais doce som.


E eu, modesto espectador,

ficava suspenso no instante,

longe de qualquer dor, 

como se o tempo prendesse o fôlego

só para vê-la cruzar meu entorno.


Seu canto me atravessava 

como um raio de luz na manhã fria;

e minha alma, tão pequena,

seguia imensa depois de ouvi-la.

 

 
 
 

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